sábado, 30 de maio de 2009

textos ontem e hoje

outro dia encontrei a turma com a qual fiz pós-graduação dois anos atrás. estávamos lembrando de toda a luta e dedicação para concluirmos o curso, trabalhar, dar atenção à família e às pessoas queridas. realmente quando vem o resultado e olhamos pra trás, a gente vê que valeu a pena o esforço.

entregamos os projetos finais com uma média de duzentas folhas, que continha um plano de comunicação e marketing para uma empresa escolhida pelo grupo. foram horas em frente ao computador digitando páginas, discutindo, modificando os textos.

ficamos imaginando como era fazer um projeto final de muitas páginas assim na época em que só existia máquina de datilografar. a maioria das pessoas pagava pra alguém bater à máquina, mas antes tinham que escrever tudo à mão, marcando com setas as ordens dos parágrafos, revisando tudo direitinho pra não ter problema.

imagina um erro na última linha de uma folha cheia de texto? devia ser pedir pra morrer... ter que digitar tudo de novo, se não pudesse ter rasura, ou então usar aqueles corretivos líquidos brancos (liquid paper, errorex) pra limpar, esperar secar (soprando) e depois bater a palavra/letra certa por cima.

ao final, ainda era preciso fazer a capa usando aqueles moldes de letras/números (compactor) comprados em qualquer papelaria. era colocar na ordem e ir colorindo por cima com canetinha, tomando cuidado para não borrar.

acho que antigamente devia durar mais pra terminar uma pós-graduação, mestrado ou qualquer curso assim, devido ao trabalho que dava pra escrever todo o material final. hoje em dia você escreve, apaga, coloca de cabeça pra baixo, de lado, insere folhas no meio, faz como quiser. é a praticidade do computador e seus editores de texto.

pelo menos quem chegou a fazer um curso de datilografia (como eu) ainda pode utilizá-lo, de maneira bem mais tranquila (e macia), no teclado do computador. quanto à máquina de escrever, quem ainda tiver uma, faça uma doação pra algum museu.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

pegando carona

achei muito boa a prova da semi-final do aprendiz 6, universitário. as três meninas foram levadas para a cidade de los andes, no chile. elas foram deixadas lá, só com passaporte, sem dinheiro, nem nada, e ganharia a prova quem chegasse primeiro no hotel em são paulo. muito bacana! foi um desafio proposto pelo sebrae, para "estimular o pensamento empreendedor para quem começa do nada".

isso me lembrou da época universitária, em viçosa/mg. na própria universidade sempre tinha estudante pedindo carona na entrada do campus e sempre que eu estava atrasado eu parava ali. eram todos estranhos, mas estudantes, professores ou funcionários da universidade.

mas às vezes eu queria ir pra casa num final de semana e resolvia pegar carona na estrada. então eu imprimia o nome das três principais cidades ao longo do caminho (260km) e ia me aventurar. já fui sozinho e também com um amigo (meu compadre). já fui em caminhão, atrás de caminhonete, em carro novo, em carro caindo aos pedaços...

teve uma vez que o cara estava com a esposa grávida e cheio de compras atrás. daí eu e meu amigo o ajudamos a colocar as compras no porta-malas e seguimos viagem. numa curva ele perdeu o controle e o carro rodou três vezes, parando na pista da contra-mão. após o susto só me lembro da gente falando: 'vamos descer aqui'!

situações inesperadas à parte, essas experiências ajudam a nos tornarmos grandes pessoas, a aprender arriscar, inovar, agarrar oportunidades, ter 'jogo de cintura', enfrentar problemas e tomar decisões. é um exercício também para nossa 'cara-de-pau', já que é preciso não ter vergonha de falar com as pessoas e pedir o que se deseja. se você não fala o que quer, ninguém vai saber e nem vai te ajudar a conseguir isso.

quando foi que você pegou uma carona inesperada com um estranho ou se viu numa situação em que fosse preciso partir do zero? tem gente que senta e chora. tem gente que levanta a cabeça e toma uma atitude, procura uma saída. quem sabe um exercício assim possa te ajudar a conhecer um pouco mais de você mesmo(a)?

pretérito perfeito: a prova da bicicleta (argentina e brasil)

domingo, 24 de maio de 2009

linda surpresa

neste final de semana recebi um grande amigo em meu apartamento aqui no rio. a gente morou junto na época de universidade e dividíamos o mesmo quarto na república. éramos de cursos diferentes, mas tivemos uma afinidade muito bacana que dura até os dias de hoje.

são onze anos de amizade e, mesmo que a gente esteja a maior parte do tempo distante, a gente está sempre em contato. ele é um cara que admiro muito e por quem tenho grande consideração. inclusive fui padrinho de casamento dele.

fomos jantar nessa sexta-feira e ele começou a contar sobre os preparativos para a chegada de sua primeira filha: amelie. ele e sua esposa estão muito felizes e não tenho dúvidas de que serão ótimos pais. o nome da neném foi inspirado no belíssimo filme francês 'o fabuloso destino de amelie poulain', que eu adoro (tenho dvd e trilha sonora) e cuja história já comentei no antigo blog (aqui).

assim como a personagem do filme, essa pequena amelie que vai nascer, está mudando a vida de muita gente. inclusive a minha, pois fui convidado a ser o padrinho dela! não tenho como expressar minha felicidade por tamanho voto de confiança, amizade e carinho.

além de estreitarmos os laços de amizade e virarmos 'compadres', tenho consciência da responsabilidade e dos deveres de colaborar com os pais na formação religiosa. amelie vai nascer no início de julho e desejo a ela e a seus pais muita saúde, paz, amor e alegrias.

sábado, 23 de maio de 2009

sucolé

lá em minas eu conhecia como chup-chup ou laranjinha e aqui no rio conheci como sacolé ou sucolé. o que importa é que todos têm como base um saquinho de plástico congelado com suco ou poupa de fruta dentro. alguns levam água, outros leite, mas todos têm seu valor e são conhecidos desde nossa infância.

lembro que eu era pequeno e a vizinha da minha avó vendia chup-chup em dois sabores um tanto diferentes: abacate e banana. por incrível que possa parecer, ambos eram muito bons e cremosos, sem ficar aquele pedaço de gelo quando você saboreia. só nunca entendi como ela fazia para a fruta não escurecer, como acontece quando a gente faz vitamina e demora a tomar.

aqui no rio existem muitos à venda, mas, disparado, o melhor de todos é o sucolé do claudinho, vendido na praia (ipanema e leblon). são diferenciados pois não levam água, são cremosos e têm sabores bem variados.

na areia tem muitos ambulantes, mas os que trazem qualidade e sabem atender bem, como o claudinho e sua equipe, conquistam a simpatia da galera. eles chegam a vender mais de 5 mil unidades num dia de sol.

pra quem não conhece, fica a dica pra curtir ainda mais a praia.

pretérito perfeito: por um estado laico

sexta-feira, 22 de maio de 2009

lavando roupa

conversando com um colega de trabalho o assunto foi parar em sabão em pó. qual a primeira marca que vem a cabeça nesse caso? omo, claro. eu não sabia e acabei descobrindo que omo é uma sigla para 'old mother owl' (velha mãe coruja), que era o nome original do produto, que tinha uma coruja na caixa. voltado para as mães donas de casa e protetoras, ele foi o primeiro do seu ramo no brasil (1957) e o primeiro que veio na cor azul, por causa do hábito brasileiro de usar anil para realçar o branco das roupas.

com uma comunicação massiva, seja em revistas ou jornais, este produto conquistou seu espaço de líder. antes com a valorização do 'branco' (cada vez mais branco, progress, total, radiante), até que mudou para algo mais voltado para as relações entre as pessoas, 'porque se sujar faz bem'.

isso porque o perfil da mulher mudou para uma profissional que não quer perder tempo lavando roupa ou tentando tirar manchas, mas quer aproveitá-lo ao lado da família e dos filhos. além disso, esse conceito aborda o fato de que a sujeira é sinônimo de brincadeira, de criança feliz, que expressa sua criatividade, além de adquirir anticorpos pra ficar mais saudável. tudo a ver numa época em que mais crianças só querem ficar dentro de casa, na frente da tv ou videogame.

eu tenho máquina de lavar e nem consigo me imaginar tendo que lavar roupa, lençol ou toalha na mão, com sabão em barra... lembro de ver minha mãe ou as mulheres que trabalharam lá em casa, coitadas, lavando roupa no tanque, com todo sacrifício. ainda bem que hoje tudo ficou mais fácil e acessível.

mas pior que lavar a roupa é passar. esse aí nem máquina existe. alguém gosta?

quarta-feira, 20 de maio de 2009

cicatrizes

eu tenho uma pequena cicatriz no queixo, que já ouvi que é fofa, sexy, masculina, bonita e por aí vai. muita gente acha que veio da infância, quando a gente faz muita bagunça, não tem medo e apronta muita coisa. mas na verdade essa marca no meu queixo apareceu quase aos trinta anos.

eu já morava no rio de janeiro e fui levar uns primos de vitória para patinar no gelo num shopping do rio que tem uma pista fixa (já sabem o final disso, né... mas leiam assim mesmo). tudo correu super bem, nós três nos divertimos muito.

quando acabou o tempo, a supervisora chamou nosso número, para que saíssemos do ringue de patinação. então resolvemos, antes de sair, fazer a última volta de velocidade! assim, apostamos corrida e lá fomos os três, lado a lado.

a velocidade era grande e a gente se esforçou mais ainda após a última curva. o resultado foi uma trombada na reta final, a pouco metros de onde teríamos que sair da pista. como estávamos muito rápido, o choque teve consequências para todos: um dos meus primos foi de joelho na parede de proteção e ficou gritando de dor, o outro caiu pra trás, machucando a bunda e batendo a cabeça com força. como podem prever, quem caiu pra frente?... tentei apoiar a mão, que escorregou e mas fui de queixo no chão.

começamos a rir sem parar e então senti o sangue escorrendo. passei a língua nos dentes pra fazer a chamada e estavam todos ali. menos mal. eu e meus primos fomos atendidos por uma equipe médica e recebemos os devidos cuidados.

foi preciso fazer um ponto com esparadrapo no meu queixo, além de me pedirem pra ficar com gelo no local pra não inchar. o gelo molhava o curativo, que se soltava e não prendia direito, atrapalhando a cicatrização como deveria ter sido.

depois disso não voltei a patinar no gelo, só desci de trenó na neve (aqui), tomando todo o cuidado pra me divertir sem problemas. tenho outras cicatrizes, mas são outras histórias, pra contar depois. enquanto isso, conte-me como conseguiu alguma das suas.

sábado, 16 de maio de 2009

festa de criança

outro dia minha prima (blogueira do tenga volantes) comentou sobre festas infantis e mostrou, como sempre faz, o seu look para a festa, além de discutir algum assunto ligado a moda ou comportamento. lendo a postagem dela, me lembrei que faz tempo que não vou a festinhas assim.

quando eu morava com outra prima minha, nosso condomínio tinha muitas crianças e até conhecíamos algumas. mas sempre que acontecia alguma festinha no playground, a gente nunca era convidado, pelo fato de que não tínhamos criança em casa. por que isso? por que festa de criança é só pra criança? os parentes adultos solteiros são convidados só por serem parentes? quer dizer que a gente só vai em festa infantil da nossa família?

eu gosto dessas festas e uma parte ótima delas é a mesa cheia de docinhos e balas além de tudo aquilo em miniatura que é servido pra gente: mini-coxinha, mini-empada, mini-pastel, mini-pizza, mini-esfirra, mini-bolinha de queijo, mini-cachorro-quente, mini-refrigerante (tem que tomar vários copos).

eu comentei isso no meu trabalho e como, desde criança, sempre gostei de festas, inclusive infantis. daí agora alguns colegas de trabalho me convidam, e a outros solteiros da empresa, sempre que fazem festinha pra filho pequeno! e sempre levo presentes bons, brinco com as crianças e me divirto com elas. numa dessas, fiquei brincando com o pai e a mãe do pequeno aniversariante naquelas máquinas que a música passa e você tem que dançar como a seta que vai sendo mostrada. muito engraçado.

acho que a vida é isso. é você curtir os momentos, aproveitar sem medo. vou dizer mais: até as crianças têm coisas pra ensinar pra gente. veja como exemplo o pretérito perfeito de hoje, do antigo blog (logo abaixo, menina superpoderosa) que traz a postagem de um ano atrás. leia e tire suas conclusões.

pretérito perfeito: menina superpoderosa

sexta-feira, 15 de maio de 2009

semana encolhendo

cada vez mais parece que minhas semanas estão encurtando... muita coisa pra fazer, tarefas administrativas, reuniões de trabalho, visitas a clientes... o tempo que sobra eu vou treinar para minhas corridas ou faço pilates. daí chego tarde em casa, cansado, tomo banho e durmo.

tou sentindo falta do meu tempinho pra ler os blogs amigos e também escrever.
será só uma fase? tomara.

você tem medo do rio?

moro no rio faz anos e muita gente de minas já veio me visitar e passear por aqui. entretanto, muito mais gente tem vontade mas nunca veio aqui, com medo da violência e de tudo que acontece no rio segundo as manchetes de jornal. tenho um tio que já me disse que não vem nem se eu pagar, pois acha que terá que andar sempre abaixado por causa dos tiros que cortam o ar!

exageros à parte, o rio tem violência como muitas capitais do país ou do mundo. mas em qualquer cidade grande é preciso andar atento, evitar lugares desertos e por aí. são regras que valem para nossa segurança seja aqui ou onde for.

acho legal quando algumas pessoas vêm visitar o rio e voltam falando bem. aqui há praias bonitas, gente bonita, diversidade cultural e belas paisagens. conhecer o rio é um roteiro que todo mundo deveria fazer. tive a chance de vir pra cá e ter essa cidade maravilhosa como lar (ainda conto como vim parar aqui).

não precisa ter medo. venha, conheça e depois me conta.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

gripe no ar

o assunto mas falado hoje é a gripe suína, causada pelo vírus influenza a (h1n1), cuja contaminação se dá por via área, como qualquer gripe, além de contato com a pessoa ou objeto contaminado. comer carne ou produtos suínos não tem problema nenhum.

em tempos de globalização, o que preocupa é que o vírus está se espalhando, já que em pouco tempo as pessoas vão e vem de diferentes países. antigamente não existia esse problema, pois as viagens de navio eram tão longas que os passageiros infectados já chegavam mortos. por isso a organização mundial de saúde (oms) está em estado de alerta.

outro dia fui almoçar com uma amiga blogueira (isso mata a planta) e pegamos juntos o elevador, que se encheu rapidamente. estávamos conversando sobre viagens ao exterior e o que levar como moeda: dinheiro, cartão de crédito ou traveler cheques. daí eu tossi duas vezes e comentei, de forma bem natural, que quando eu morei no méxico eu usei um cartão super prático que já vai recarregado e eu podia sacar o dinheiro ou usar como débito.

de repente, todos do elevador me olharam com um olhar de espanto. o ascensorista então, arregalou o olho com cara de bolado. eu não entendi nada e no momento pensei o que devia estar errado comigo ou com a questão de usar um cartão fora do brasil.

ao sair do elevador, minha amiga estava rindo e eu ainda sem perceber o que tinha acontecido. então ela me esclareceu a gravidade da situação: todo mundo parece estar meio 'em alerta' por causa da gripe, daí falar que estive no méxico e ainda tossir é inaceitável! realmente eu não tinha percebido meu ato. tudo bem que eu morei lá no final do ano passado (postagens aqui), mas acho que só a palavra méxico anda assustando!

moral da história:
parece que hoje em dia soltar um peido no elevador seria mais gentil que tossir.

pretérito perfeito: os novos monstros

sábado, 9 de maio de 2009

sonho canino

faço aulas de francês na casa do meu professor, que tem praticamente um zoológico entre cães e gatos que convivem pacificamente. o mais engraçado é que os bichos atendem somente quando alguém fala com eles em francês. assim, durante a aula eles ficam ali do lado, observando, dormindo, cada um na sua.

outro dia a cadela estava dormindo e notamos que ela resmungava, como se estivesse sonhando. emitia alguns sons e mexia a cabeça, fazendo expressão de que algo a perturbava. então começamos a pensar qual seria o sonho/pesadelo dela. já pensou nisso?

e se meu dono sumir?
será que outro cachorro vai pegar minha comida?
será que o veterinário vai me machucar?
será que vale a pena eu fugir quando a porta abrir?
como seria se eu voasse?
será que eu corro mais do que aquela bicicleta?
...

depois ela acorda ao final da aula, quando vou saindo, e me acompanha até a porta como se fosse despedir. talvez mais aliviada por ter sido tudo apenas um sonho. lembrei dessa situação quando vi o engraçado vídeo abaixo:




pretérito perfeito: madonna oficializa a turnê sticky & sweet

quinta-feira, 7 de maio de 2009

não tenho orkut

muita gente me pergunta por que não tenho orkut. na realidade eu tenho um perfil lá, mas não uso e nem adiciono ninguém, servindo apenas para que eu seja encontrado e para divulgar o link deste blog e do meu currículo no linkedin (que também é uma rede de relacionamento, só que para contatos profissionais).

quando surgiu o orkut, eu achei que a idéia bacana, mas percebi que ela foi banalizada, já que todo mundo começou a aceitar todo mundo pra fazer parte de sua lista. ou seja, ele virou um 'medidor de popularidade'. além disso, acho desnecessária a exposição exagerada que acontece ali. virou mania isso, talvez uma busca (in)consciente de reconhecimento e aceitação. é como um big brother virtual.

hoje basta aparecer na tv ou ser sucesso na internet para que as pessoas se tornem 'celebridades'. mas o que elas acrescentam, contribuem ou têm a mostrar? essa cultura da 'tv realidade', do 'mostrar', do 'explícito' tomou conta de nossa sociedade e tem gente fazendo de tudo para conseguir seus '15 minutos de fama'.

o filme 'ed tv', de 1999, mostra um homem que resolve deixar uma emissora de tv transmitir toda sua vida ao vivo. sabiamente, uma das falas do roteiro dizia: 'antigamente as pessoas apareciam na televisão porque eram famosas. hoje as pessoas são famosas porque aparecem na televisão'.

outro filme muito bom e que vi no festival de cinema do rio em 2001 foi 'o sobrevivente (series 7: the contenders)'. nessa sátira, algumas pessoas são sorteadas pelo número de identidade e ganham armas de fogo para participarem de um reality show cujo objetivo é matar os outros participantes até que reste apenas um sobrevivente. ou seja, forçadamente você mata ou te matam, não tem como ficar de fora do jogo. e a grande favorita é uma grávida!

os meios de comunicação integrados permitem que tudo que aconteça seja visto em tempo real e de maneira global. basta um celular com câmera e rapidamente o mundo tem acesso a tudo. cada vez somos mais vigiados. talvez agora a frase de andy warhol precise ser alterada para se adequar à nova realidade: 'no futuro, todas as pessoas terão seus 15 minutos de anonimato'.

assim, mais do que um orkut, exponho muito de mim escrevendo um blog, faço contatos novos e cultivo os antigos. ao mesmo tempo, tento ser reservado. chico buarque, abordado por um repórter que lhe perguntou como andava sua vida privada, respondeu: 'continua privada'. aprendamos.

pretérito perfeito: darwin e a internet

quarta-feira, 6 de maio de 2009

mais treinos

preciso voltar a treinar mais. tenho corrido muito pouco, deixei de seguir planilhas e tou fazendo os exercícios sem muita motivação. acho que o mais bacana é você ter alguém ou alguma equipe pra correr junto, acordar cedo junto e colocar o pé na estrada.

li numa revista que, para se preparar bem e ter um melhor desempenho em provas de 10km, é preciso um treino que gere 40km por semana. os meus estavam gerando perto de 21km semanais, ou seja, falta chão aí pra eu conseguir evoluções.

assim decidi que vou fazer essa quantidade por semana. será minha meta. 40km distribuídos em 4 ou 5 dias de treino. quero participar de uma corrida no início de junho e quero fazer melhor do que fiz nas últimas.

fui!

pretérito perfeito: crítica do fime homem de ferro

segunda-feira, 4 de maio de 2009

refrigerante da família

final de semana de feriado e muita gente deve ter se reunido com a família. almoço de domingo sempre tem refrigerante e, aposto, lá estava ele na ponta da mesa esperando sua vez de participar.

estive relembrando minha infância e como o refrigerante de 1 litro, no almoço de domingo, representava o 'refrigerante da família'. essa quantidade, numa garrafa de vidro, era suficiente para minha mãe, meu pai, minha irmã, eu e convidados que eventualmente se juntavam a nós. cada um tinha seu copo 'americano' e ficava satisfeito.

hoje em dia 1 litro de refrigerante parece pouco. as embalagens cresceram e o marketing ajudou a nos fazer acreditar que agora a família precisa beber pelo menos 2 litros! se a família for um pouquinho maior, 2,5 litros!

o filme documentário de 2004, 'super size me - a dieta do palhaço', falava disso, sobre como as empresas induzem um consumo exagerado, além do necessário, criando um padrão nada legal para a saúde. 'super size' é a expressão em inglês para o famoso 'deseja aumentar o tamanho da sua refeição por apenas tantos centavos?'

até no cinema isso acontece. lembro que eu fiquei impressionado quando fui assistir a um filme na época em que morei no méxico ano passado (histórias aqui). o menor tamanho da pipoca eu não conseguiria comer sozinho e o refrigerante em copo tinha apenas duas opções: 700mL ou 1 litro. isso mesmo, copo de 1 litro!

nesse ritmo, aonde vamos parar?
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