domingo, 30 de março de 2008

sara em


recentemente conheci a cantora sara em,
e gostei da atitude dessa artista sueca.

seu primeiro single 'include me' (inclua-me) foi recém lançado e fala sobre seu esforço para ser incluída na igreja católica, já que é lésbica.

a música é como um questionamento em cima dos ensinamentos cristãos, já que as pessoas aprendem que deus ama a todos como são, mas a realidade é diferente para os gays que querem expressar seu amor a ele e entre si.

"eles estavam cantando 'junte-se a nós'
eu podia ouví-los mas o amor deles não me incluía
você acha isso certo?
aleluia"


a canção tem uma letra muito bonita e uma bela mensagem. o clipe foi muito bem feito também, 'mostrando' uma barreira invisível, moral, mas que infelizmente ainda existe quando o assunto é religião e homossexualidade.

"eu ouvi os anjos cantarem... por que você não vai nos deixar entrar?"

é interessante reparar a semelhança dela com a atriz americana jodie foster (o silêncio dos inocentes, contato, quarto do pânico, plano de vôo).



quarta-feira, 26 de março de 2008

pra galera que comenta

quero agradecer a todos que postaram comentários nos últimos dias. infelizmente aqui na barra lateral só mostra um trecho dos cinco últimos, mas saibam que li coisas muito bonitas e palavras de conforto que sinceramente mexeram comigo.

é bom saber que vocês estão aí.

domingo, 23 de março de 2008

voltando à rotina

mais uma semana santa se passou.
e a páscoa mais uma vez vem renovar tudo.

fui de trem de belo horizonte para ipatinga, num passeio muito agradável pelas montanhas de minas e, nesse mesmo trem, recebi uma notícia muito triste sobre minha avó.

a viagem então tornou-se diferente. tudo passou a ter novo sentido. cada rio, árvore, montanha e céu me lembravam de momentos que passei com ela. e cada curva me aproximava mais do meu destino e do fato de ter que encarar essa nova realidade.

sinto saudades da vovó, de como eu costumava me deitar ao seu lado na cama sempre que ia visitá-la e ela ficava mexendo no meu cabelo. e também da sua risada (até aquela risada forçada que a gente pedia pra ela fazer). é muito ruim pensar que ela não está mais aqui e, por isso, rezo para que ela esteja bem, onde estiver.

também pude estar ao lado de minha família e compartilhar com todos esse difícil momento. principalmente pude dar conforto a minha mãe, que cuidou muito da vovó, e minha irmã, que morava junto com as duas.

agora estou indo de volta para o rio de janeiro. por um lado, quando a rotina recomeça, a gente tem menos tempo para pensar nessas coisas, mas imagino que sempre que surgir oportunidade, o pensamento vai estar ali e, junto com ele, todas boas lembranças. e acho que é assim que minha avó vai permanecer comigo, além de, claro, dentro do meu coração.

sexta-feira, 21 de março de 2008

aquarela de flores


[...] e o futuro é uma astronave
que tentamos pilotar
não tem tempo, nem piedade,
nem tem hora de chegar
sem pedir licença muda nossa vida
e depois convida a rir ou chorar [...]

(aquarela, toquinho)



missa em memória da vovó hilda
domingo, 23 de março de 2008, 9h
igreja católica do cariru, ipatinga/mg

terça-feira, 18 de março de 2008

adeus, vovó

já falei da vovó hilda aqui antes.
nesse final de semana ela teve que ser internada novamente e, infelizmente, não resistiu, falecendo neste manhã de terça-feira.

nesse momento de muita tristeza, agradeço a todos pelo apoio, orações e palavras de conforto. não consegui falar com todos ainda, por isso resolvi registrar aqui.

estou em ipatinga (mg) e ficarei por aqui até domingo de páscoa.

domingo, 16 de março de 2008

dente de leite

muitas pessoas dizem que sou muito bom para lidar com crianças e que tenho um carinho muito especial por elas. realmente são raras as vezes em que uma criança não vai com minha cara.

hoje em belo horizonte reencontrei um primo de seis anos, que não via há quatro anos. quando nos reencontramos era nítido que ele não se lembrava de mim, mas em pouco tempo (durante o almoço) a gente conversou, brincou e ele já me achou muito legal.

ele já está trocando seus dentes de leite e então percebeu que seu dente incisivo lateral de baixo estava bambo. fiquei lisonjeado quando ele me deu um voto de confiança, me escolhendo para arrancar o dente pra ele.

eu nunca tinha arrancado nenhum dente de ninguém, mas cumpri a tarefa diante de todas testemunhas que se reuniram para ver a cena. fui mexendo o dentinho, segurando com um pouco de algodão, até que puxei de uma vez.

ele ficou mais banguela, com a abertura dessa outra 'janelinha'. e eu fiquei contente, com a conquista de mais um amigo.

quinta-feira, 13 de março de 2008

nova integrante

na última segunda-feira, 10 de março, madonna entrou para o 'rock and roll hall of fame', conquista merecida por sua contribuição para o mundo da música por 25 anos. o museu fica localizado em cleveland, ohio - eua, e passa a expor em sua galeria vários materiais mostrando a trajetória de sucesso dela.

gostei de alguns trechos do discurso de agradecimento:

"[...] eu sempre tive sorte de ter pessoas ao meu redor que acreditaram em mim. começando com meu professor de balé, [...] que me disse [...] que eu era especial, que precisava acreditar em mim mesma e que precisava cair no mundo e perseguir meus sonhos.

[...] existe um ditado do talmud que diz que, para cada folha de grama existe um anjo que toma conta e sussurra: “cresça, cresça”. eu ainda escuto esses anjos.

[...] e mesmo as pessoas que disseram que eu não tinha talento, que não conseguia cantar, que era uma cantora de apenas um sucesso, eles me ajudaram também por que me fizeram questionar a mim mesma, repetidamente, e a ser melhor, e eu agradeço pela resistência deles. eu sei que não estaria aqui sem todos vocês pois a vida, como a arte, é uma colaboração e eu não cheguei aqui sozinha. e também, por que eu iria querer?

[...] eu não poderia imaginar que minha vida iria se desenrolar dessa maneira. de certa forma, se parece como uma série de “de repentes”. um dia eu era uma dançarina batalhando em manhattan e, de repente, [...] eu assinei um contrato com a sire records, e de repente eu estava rolando no chão do mtv awards [...] e de repente eu estava no palco do madison square garden e olhei para a platéia e todas as garotas estavam vestidas como eu... fiquei assustada!

enfim, de repente, de repente, de repente... essa é uma maneira de olhar para tudo isso. outra maneira de enxergar é que tudo aconteceu da maneira que deveria acontecer. eu trabalhei com as pessoas maravilhosas que eu tinha que trabalhar, viajei para os lugares fantásticos que eu tinha que viajar, cometi os erros que eu tinha que cometer e o universo conspirou, me ajudou e me guiou por todo o caminho até aqui onde eu estou, na frente de vocês, e finalmente eu tenho a chance de agradecer a tantas pessoas. [...]

fonte: madonna online

terça-feira, 11 de março de 2008

tá vibrando

outro dia conversando com um amigo a gente estava relembrando que, quando nos formamos em 2000, apenas duas pessoas da turma tinham celular (aquele primeiro modelo, preto, enorme). e hoje, oito anos depois, todo mundo tem e vive como se ele sempre tivesse feito parte de nossa vida.

quando entrei na universidade em 1997 ninguém tinha celular. e a gente marcava encontros, grupos de estudo, combinava trabalhos e sempre dava tudo certo. no máximo, tínhamos que ligar de um orelhão pra casa de alguém pra comunicar algum imprevisto.

o celular veio chegando de mansinho e hoje já faz parte de nossa vida. mudou hábitos... por exemplo, fez diminuir muito o uso de relógios (eu não uso mais) e, principalmente, despertadores (rádio-relógios). muitas empresas viram as vendas caírem, principalmente junto ao público mais jovem, e a saída foi mudar a imagem do relógio 'acessório', agregando valor ao produto. algumas marcas até conseguiram, como a swatch.

e nesse mundo conectado de hoje, tem gente que acha que, pelo fato de você ter um celular, você precisa estar disponível todo o tempo. celular é pessoal, eu não levo o meu para o banheiro e sempre desligo pra dormir tranquilo (o despertador funciona mesmo com ele desligado, pra quem não sabe).

ontem fui trabalhar e deixei o celular em casa, desligado. puro esquecimento e não é a primeira vez que acontece. por um lado, é bom ficar um tempo livre da preocupação de 'onde coloquei?'. mas por outro lado, quando me descuido, me vejo procurar em volta, mesmo que rapidamente me lembre que ficou em casa. pior foi quando, andando na rua, tive a impressão de senti-lo vibrar no meu bolso e bati as mãos na perna para encontrá-lo...

fiquei pensando, até que ponto isso causa dependência na gente? será que a gente conseguiria, pelo menos uma vez por semana, deixá-lo em casa desligado de propósito? ou não adianta mais, já estamos viciados?

domingo, 9 de março de 2008

a reinvenção da dança

assisti a esse vídeo numa postagem feita no blog update or die e achei sensacional a ponto de querer compartilhá-lo aqui.

assim como o cirque du soleil recriou a experiência do espetáculo e magia do circo, o circo nacional da china (great chinese state) recriou a experiência da dança erudita clássica.

interpretando o lago dos cines, de tchaicovsky, eles dão um show de graça, leveza e principalmente inovação. pode parecer estranho misturar balé e acrobacias, mas é preciso assistir para perceber como a mudança só veio acrescentar e complementar o que já era muito bonito.

sábado, 8 de março de 2008

dia da mulher

hoje, dia da mulher, quero dedicar essa postagem a todas elas que, sempre com um coração enorme, sabem lidar como ninguém com todas as situações que a vida impõe.

e lembrem-se que vocês têm muito o que ensinar a nós, homens.

beijos pra vovó hilda, nazinha, tati, van, heleninha e todas mulheres da minha família, amigas e desconhecidas.
comemorem, vocês merecem.

quinta-feira, 6 de março de 2008

mais carioquês/mineirês

perdeu a postagem sobre o carioquês? tenho mais termos pra acrescentar naquela lista das palavras e expressões utilizadas em diferentes culturas e, como já comentei, não existe certo ou errado, é tudo questão de regionalismo. e eu me divirto ao fazer novas descobertas.

outro dia estava numa reunião na empresa e procurei pelo pincel atômico quanto todos me olharam estranho... aqui o pessoal chama pelo nome da marca mesmo, pilot. e depois fiquei pensando... de onde é que os mineiros tiraram essa coisa de atômico?

se você perguntar a um carioca o que é taruíra, ele não vai saber. mas se você explicar que é aquele bicho branco que anda no teto de casa, ele vai dizer: 'ah, lagartixa'. em minas, lagartixa é verde e fica no muro de fora de casa. e a taruíra agora você já sabe o que é.

mas se você perguntar a um mineiro o que é o bate-bola do carnaval, ele não vai saber. e você vai ter que explicar que é o nome de uma fantasia de carnaval, parecida com um palhaço com máscara e que tem junto uma bola de plástico, barulhenta. também conhecida como 'clóvis', essa figura fica batendo a bola no chão com força, assustando a criançada. conheço cariocas que sentiram muito medo quando crianças e alguns que até hoje temem o bate-bola.

ué mermão / uai sô,
dá até pra montar um dicionário carioquês/mineirês.

terça-feira, 4 de março de 2008

fábrica da felicidade

há algum tempo vinha senho anunciado o novo filme publicitário da coca-cola, intitulado 'fábrica da felicidade'. quem foi recentemente ao cinema deve ter visto um trailer falando do lançamento, como se fosse um filme de cinema mesmo, com data de 03 de março, sem muitos detalhes, para aguçar a curiosidade.

já na tv, o mesmo trailer anunciava a estréia do filme no intervalo da tela quente, segunda-feira, 03/03 (além de mais 13 canais da tv fechada). e pra quem perdeu o comercial, segue o vídeo abaixo, com duração de 03 minutos e 30 segundos.

a empresa mais uma vez investiu pesado em marketing e esse filme é só o começo. a campanha mundial 'viva o lado coca-cola da vida' também é integrada com internet, cinema, mídia externa e indoor, além de embalagem especial.

cada vez fica mais nítida a proposta da marca de transformar publicidade em entretenimento, aumentando a interatividade com o consumidor e promovendo experiências para reforçar o conceito de otimismo.



saiba mais sobre as ações de marketing da campanha: textual
descubra mais: coca-cola brasil

segunda-feira, 3 de março de 2008

a lista do balde


inspirador. foi com essa palavra que saí do cinema após assistir ao belo filme 'antes de partir' (the bucket list). apesar de toques cômicos, o filme segue uma linha dramática já que o seu tema principal é delicado. prepare-se para se emocionar.

morgan freeman e jack nicholson, dois grandes atores, nos dão uma bela lição de como a gente precisa aproveitar todos os momentos e oportunidades da vida enquanto a gente puder. no caso deles, ambos são doentes terminais de câncer que tem menos de um ano de vida. então resolvem escrever uma lista com tudo aquilo que gostariam de fazer antes de morrer (a 'lista da bota', ou seja, a lista pra cumprir antes de 'bater as botas'). e, juntos, resolvem colocá-la em prática.

não preciso falar da atuação dos protagonistas, mas o personagem de morgan freeman, carter, me fez lembrar muito o velho 'red', de 'um sonho de liberdade'. e enquanto carter é tranquilo, religioso e age docemente, edward, o personagem de jack nicholson, é agitado, descrente de tudo e cínico. aliás, ele têm ótimas tiradas durante o filme.

sean hayes, como thomas, tem uma participação menor, mas nem por isso menos importante. num papel bem diferente daquele que o consagrou (o homossexual efeminado jack, da minissérie will&grace), é ele quem vai estar presente ajudando os dois amigos a realizarem suas façanhas.

apesar de o filme começar já comentando sobre a morte de um dos personagens, somos levados numa fantástica viagem emocional que nos mostra que nunca é tarde para irmos atrás dos nossos sonhos, que não existe idade pra isso. a vida passa muito rápido e o mundo continua girando. portanto, para que esperar? o que temos a perder? por que o medo de arriscar?

a trilha sonora é bonita e divertida. e o destaque vai para a música 'say', do john mayer, que aparece nos créditos finais.

anos atrás, um amigo me presenteou com o livro 'por um fio', do drauzio varella, que conta experiências do médico ao lidar com doentes terminais. e uma das coisas que me fez refletir foi a passagem que deixo a seguir - e que o filme não me deixou esquecer:

"custei a aceitar a constatação de que muitos de meus pacientes encontravam novos significados para a existência ao senti-la esvair-se, a ponto de adquirirem mais sabedoria e viverem mais felizes que antes, mas essa descoberta transformou minha vida pessoal: será que com esforço não consigo aprender a pensar e a agir como eles enquanto tenho saúde?"
vivam suas vidas ao máximo. e para isso não é preciso um motivo.
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