este filme me surpreendeu no último ano. eu já gosto de ficção científica e, quando a história consegue também trazer elementos que nos fazem pensar, fica melhor ainda. neste caso, somos levados a questionar não apenas nossa existência, mas também nossas escolhas.
amy adams ficou de fora da indicação ao oscar de 'melhor atriz' (lamentavelmente), mesmo sendo indicada ao globo de ouro e as outros prêmios dos sindicatos de hollywood.
ela interpreta a dra. louise banks, uma linguista que é convocada pelo coronel weber (forest whitaker, d'o quarto do pânico), junto do físico ian donnelly (jeremy renner, o arqueiro dos vingadores e o espião do legado bourne), para tentar traduzir a mensagem que os seres extraterrestres estão tentando passar. qual seria o propósito deles da chegada das doze naves à terra? o que eles querem de nós?
assim como o clássico 'contato', do carl sagan (recomendo o livro e filme), veremos como seria uma possível reação da humanidade diante de um contato alienígena, além de mostrar como isso poderia impactar as relações entre as pessoas, o conceito de morte e também nossos sentimentos mais profundos.
o filme é bem melancólico e de uma sensibilidade enorme. o tempo é mostrado de forma livre, como nossas memórias. e são elas as responsáveis por nos tornar quem nós somos. mas e se a gente tivesse a chance de mudar algo e fazer diferente, amar diferente, será que a gente o faria? ou vale viver algo mesmo que a gente saiba que o resultado no final não seja o esperado?
uma história bonita e que aborda como a linguagem pode ser uma forma de arte.