terça-feira, 30 de março de 2010

momentos

o filme '(500) dias com ela' ((500) days of summer) trouxe uma história um tanto diferente do que estamos acostumados a ver no cinema: 'um cara conhece uma garota, ele se apaixona, ela não'.

nesta história vamos acompanhar o relacionamento entre summer (zooey deschanel) e tom (joseph gordon-levitt), desde quando os dois se conheceram no trabalho, uma empresa que cria cartões comemorativos. tom acredita no amor e que ela é a mulher pra ele passar a vida junto. ela não acredita nisso pois, para ela, a vida real, na prática, é diferente.

quem nunca viveu algo assim? de estar apaixonado e, de repente, ver acabar tudo aquilo que foi construído? a gente fica sem chão, muitas vezes porque para a outra pessoa 'não era o momento' dela, apesar de a gente achar que era o nosso.

a história vai sendo contada em flashes fora de ordem, com cada cena mostrando em qual dos 500 dias eles estavam. vamos acompanhando como eles vão ficando próximos e íntimos, apesar de ela insistir que não quer nada sério e, mesmo assim, seguir dando sinais de que a relação deles é mais do que uma amizade.

numa cena do filme um dos amigos de tom comenta com ele sobre a garota que ele (o amigo) conheceu : 'eu gosto dela. ela não tem nada a ver com o que eu sempre idealizei para mim. mas ela é real'.

às vezes a gente se pega nessa de idealizar muito e se esquece do que realmente pode ser 'real' em nossas vidas. hoje em dia até a palavra 'real' já ganhou outra conotação ligada a sexo passageiro e nada sólido.

tom sofre porque sua realidade segue um caminho diferente das suas expectativas, numa cena muito boa, com a tela dividida em dois mundos. esse tipo de situação ajuda a dar veracidade para a história, com menos fantasia e mais momentos pelos quais já passamos.

tom aos poucos vai desistindo de seus ideais a respeito do amor, mas summer lhe diz que ele está certo e que deve continuar acreditando também no destino, mas não em relação a ela. ou seja, a esperança não deve ser abalada por esses momentos, que mais do que qualquer coisa, nos fortalecem.

a gente pode ficar pra baixo um tempo, faz parte, mas depois a gente tem que olhar adiante e seguir em frente, percebendo as mudanças que nos aconteceram. assim, é preciso também ficar atento pois, se a gente não estiver olhando, podemos deixar passar aquela ajudinha que o destino às vezes precisa para acontecer.

terça-feira, 23 de março de 2010

corpo em movimento

hoje voltei à academia depois de um mês sem aparecer por lá. como diz um colega, passei um mês só patrocinando mesmo. fiz aula de pilates e corri um pouco.
como é bom sentir o corpo se exercitando!

desde criança eu sempre pratiquei esportes. meus maiores destaques foram a natação e a ginástica olímpica (escrevo sobre isso qualquer hora dessas).
hoje em dia é a corrida.

quem se exercita sabe como é quando o corpo fica parado e você sente falta. uma sensação de que está inchando e de que está enferrujando.

até para o astral (o meu não anda tão bom assim) os exercícios são ótimos. a cabeça relaxa e você se lembra de todas aquelas partes do corpo que tinha até se esquecido que tinha. hehe

é bom pra saúde e também para o coração. para este último, em todos os sentidos.

segunda-feira, 22 de março de 2010

diamante bruto


'um sonho possível' (the blind side) é dirigido por john lee hancock que também escreveu o roteiro baseado no livro 'the blind side: evolution of a game' (2006), de michael lewis. nessa história somos apresentados a michael oher (quinton aaron), um rapaz negro e pobre que é acolhido por uma dona de casa branca e rica que decide lhe dar oportunidades e vai acreditar no seu potencial. com isso a vida dos dois - e de todos ao redor - começa a mudar.

mesmo com dificuldades nos estudos e no convívio social, michael conta com a ajuda da família, dos professores e de um treinador para ir em busca de superação na sua vida.

o título original do filme fala do ponto cego, que é o ponto lateral em que a gente deixa de ver alguma coisa (como em um carro). no caso do futebol americano, o atacante tem que proteger o ponto cego do quarterback quando o adversário avança em direção a ele.

mesmo quem não gosta desse esporte vai se surpreender com a beleza da história e com as atuações convincentes dos personagens. sandra bullock mostra porque ganhou o globo de ouro e o oscar 2010 de melhor atriz interpretando leigh anne tuohy e quinton aaron surpreende no papel do garoto de sutis expressões e que se fecha em silêncio diante de tudo o que a vida lhe fez passar.

é bonito notar como a 'nova mãe' realmente o inclui, o insere na família e passa pra ele a sensação de que ele realmente pertence àquele grupo, sem nenhum tipo de discriminação e sem se deixar influenciar pelos olhares e comentários negativos das pessoas. ele também aceita essa condição e seu instinto protetor vai favorecer sua atuação em campo.

é uma história de entrega, de amor, de não só ter a condição e a chance de fazer algo bom por alguém, mas realmente fazê-lo. é um filme que emociona, diverte e inspira, principalmente por ser real.

para quem se interessar, aqui está um vídeo de 2008 (em inglês) com depoimentos da família tuohy.

quarta-feira, 10 de março de 2010

circuito adidas outono 2010

final de semana de evento esportivo no aterro do flamengo. o circuito das estações adidas inaugurou domingo a etapa 2010 com a prova de outono. são quatro provas, uma para cada estação, em sete cidades do brasil. a medalha, como sempre, é um quarto de uma mandala completa por quem corre todas as quatro provas.

juntando as medalhas dessa primeira fase dá pra ter uma ideia do resultado final.


desta vez o kit veio com a camisa verde e amarela (ótima pra usa na copa do mundo!), além de uma bolsa e uma toalhinha verdes. muito bacana mesmo. eu não estava treinando, devido a outras prioridades e metas, então corri apenas 5km (que foi como um treino pra mim).

michel, vanessa, paula, roberta e railer

quarta-feira, 3 de março de 2010

indo ao cinema

vou bastante ao cinema aqui no rio, pois tem lugar marcado, além de que posso comprar o ingresso em casa pela internet (imprimindo ou retirando na bilheteria). mas não gosto de cinema em shopping. sou daqueles que prefere os cinemas de rua, que hoje estão melhores do que nunca.

a questão é que nesse tipo de lugar, a pessoa já vai com a intenção de ver o filme. geralmente há uma cafeteria e/ou livraria no mesmo espaço, mas são complementos da ideia principal que levou alguém ali: tranquilidade e conforto para assistir a um filme.

por outro lado, o que acontece muito em shopping é a pessoa terminar as compras e resolver 'pegar um cineminha'. já passei raiva com esse tipo de gente que chega cheia de sacolas fazendo barulho, não desliga o celular e conversa durante o filme. total falta de respeito.

aliás, quem já foi ao cinema comigo sabe que desligar o celular é algo que eu fiscalizo. 'ah, mas eu coloco pra vibrar ou no silencioso'... o problema, que muita gente não entende, é que não é só o toque do celular que atrapalha. acender aquela luz forte na cara das pessoas que estão ao lado e atrás incomoda muito também e tira a atenção.

além disso, a maioria dos celulares hoje avisam quem ligou enquanto ele estava desligado. pior são aquelas pessoas que atendem no cinema e falam baixinho como se ninguém escutasse: 'eu tou no cinema'. pra que atender então? não vou nem comentar daqueles que trocam mensagens de texto...

a gente deveria prestar um pouco mais de atenção nas coisas que fazemos e que julgamos naturais, mas que podem incomodar aos outros que estão ao nosso redor. há limites que valem a pena serem observados para que a diversão seja garantida e ninguém fique chateado. são pequenas atitudes mas que mostram nossos valores.
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