sexta-feira, 8 de agosto de 2008

a volta de zé do caixão

muita gente não sabe, mas o ator e diretor josé mojica marins, mais conhecido como o coveiro zé do caixão, é considerado 'cult' fora do brasil e faz sucesso como 'coffin joe'. aqui ele é mais conhecido como uma figura caricata, trash, que acaba se tornando mais cômico do que macabro, que seria seu propósito.

em parte, creio que isso se deveu à falta de apoio e credibilidade, principalmente no que diz respeito a cultura/cinema no país. ele é uma pessoa dedicada e teve uma importante contribuição para o cinema brasileiro, não há dúvidas, mesmo com todas dificuldades que enfrentou. outro problema é o próprio gênero 'terror' que, seja aqui ou em hollywood, sempre sofreu preconceito. dificilmente se vê um filme desses ganhando algum prêmio.

nesta sexta-feira, o 'mestre do terror' brasileiro está de volta aos cinemas, desta vez com uma superprodução orçada em 2,5 milhões de reais. seu novo filme 'encarnação do demônio' é o fechamento da trilogia já iniciada com 'à meia-noite levarei sua alma' (1964) e 'esta noite encarnarei no seu cadáver' (1967).

em entrevista ao uol, o ator/diretor falou sua carreira, em especial sobre o novo filme, e comentou sobre as cenas cômicas propositalmente inseridas no filme, o que me fez lembrar alfred hitchcock, o mestre do suspense.

uma vez li uma entrevista em que ele dizia exatamente a mesma coisa. segundo hitchcock, as pessoas precisam extravazar o nervosismo. elas ficam tensas e acabam rindo para se aliviar (como a risada que a gente dá após um susto). assim, para evitar que os risos venham num momento errado, as cenas engraçadas funcionam como uma válvula de escape.

já que é difícil encontrar os filmes do zé do caixão nas locadoras, a ida ao cinema pode ser uma chance de conhecer o trabalho deste ícone do brasil. não tem como pensar nele e não se lembrar das unhas enormes que ele deixou crescer por anos.
na boa, elas assustavam.

pretérito perfeito: os 49 anos de madonna

4 comentários:

  1. É realmente interessante, eu tb o reconheço como uma figura cômica. Na época da criação do personagem deve realmente ter rolado impacto de terror, mas a maioria creio que o vê como trash.

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  2. Hummm... difícil falar do Zé do Caixão. Sinceramente o estilo dele não me agrada, mas não há como negar a sua persistência. Para mim é muito louvavél, mas não me leva pro cinema não. :)

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  3. macaaaabro!
    zé do caixão jah virou ser mítico!
    e na boa não acredito q os brasileiros não reconheçam o trabalho dele!
    abraços!

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  4. Na boa, as unhas não assustavam. Eram nojentas.
    E me responda: como ele fazia pra limpar o *? hahaha
    Tirando a sacanagem, acho que nunca assisti a nenhum filme do Zé do Caixão, mas me lembro de quando ele apresentava o "Cine Trash". Acabei associando aqueles filmes toscos ao próprio estilo do Zé do Caixão. Até porque, mesmo sem assistir a nenhum filme dele, eu o acho meio tosco. Aquelas roupas, as unhas (ele deixou crescer de novo depois que teve que cortar?).
    O cara vive num outro mundo. Ele vive o Alter Ego dele.
    Esse é o tipo de gente que quer ser levada a sério?
    Abraço!

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