terça-feira, 6 de novembro de 2007

dixie chicks

eu já falei das dixie chicks, mas quero contar melhor a história delas e porque eu as admiro.

emily robison, natalie maines e martie maguire são três mulheres de atitude e coragem. em 2003, este fenômeno da música country americana já tinha ganhado prêmios grammy , cantado o hino nacional na abertura do super bowl (maior evento esportivo dos eua, decisão do campeonato de futebol americano) e se preparava para a turnê 'top of the world'.

duas semanas antes dos eua invadirem o iraque, a turnê estreava em londres e natalie fez uma declaração que iria mudar a história do grupo. ela comentou que a banda não era a favor da guerra e completou: 'nós sentimos vergonha que o presidente dos eua seja do texas'.

foi no texas que nasceu o trio das dixie chicks, e lá também é o berço da música country e onde estavam a maioria dos apoiadores de bush. os tablóides ingleses estamparam a frase no dia seguinte e num piscar de olhos a notícia chegou aos eua.

a primeira providência foi tirar do ar o site da banda até que uma declaração fosse feita. mesmo assim o estrago já estava feito. várias pessoas se revoltaram com a afirmação, alegando que as dixie chicks não eram patriotas e iniciando um grande boicote: discos queimados em praça pública, vendas caindo, músicas despencando na lista das mais ouvidas, muitos fãs revoltados e pedidos para as rádios pararem de tocar as músicas delas.

num país que se diz à favor da liberdade de expressão, este episódio só mostrou como ainda pode ser difícil para alguém expressar o que pensa, principalmente formadores de opinião. elas ouviram e foram xingadas de tudo quanto é nome (boca grande, traidoras, dixie vadias...) e inclusive essas palavras foram usadas para estampar o corpo delas na famosa capa da revista entertainment weekly. aliás, toda a controvérsia serviu para alavancar ainda mais a carreira do grupo, que foi também capa da time magazine.


e a polêmica teve um momento tenso quando natalie recebeu uma carta dizendo que seria assassinada em dallas, no texas, durante um dos shows da turnê. a segurança foi reforçada e, felizmente, nada aconteceu. mas, como a martie chegou a comentar, 'é difícil entender como é que algo que alguém falou pode gerar tanta raiva em outra pessoa a ponto de querer matar alguém'...

até que ponto a gente deve falar o que pensa, expressar o que sente?

a turnê chegou ao fim e o que aconteceu depois disso eu conto em breve, nos próximos posts (ainda este mês de novembro). aguardem.
continuação da história no post 'shut up and sing'

6 comentários:

  1. Que legal, Railer.
    Não conheço as músicas da banda, mas só por sua atitude, fiquei interessada.
    Ainda bem que existem famosos que não abrem mão de sua opinião crítica sobre o mundo que os cerca e não tem medo de expor-se.

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  2. Conheci a banda porque vc me apresentou... Mas com certeza vou ver com outros olhos essas meninas. bacana!

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  3. já parece interessante...
    beijão Erica

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  4. Railer conta o resto da história. Eu conheci 2 músicas em um filme q vi semana passada: Noiva em fuga. Achei a voz bonita e baixei várias músicas na net! Porém quero saber tb mas sobre a vida delas pois eu já virei fan! Abraços!

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  5. caro paulo ricardo,
    depois desse post coloquei mais dois outros, em novembro mesmo, terminando a história.
    dá uma olhada no histórico do blog, à direita. clique em novembro pra ver tudo ou selecione os posts específicos ('shut up and sing' e 'easy silence'). abraços!

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