geração texto

neste final de semana, em virtude da comemoração do meu aniversário, acabei recebendo algumas ligações de amigos importantes e com quem sempre gosto de conversar. num dos papos, um deles me perguntou quem mais tinha ligado. então contei nos dedos: cinco ligações. mas completei dizendo que, entre emails, whatsapps e mensagens no facebook, tinham mais de trinta.

ele então comentou comigo como é importante para nossa geração (pessoas acima dos 35 anos) conversar ao telefone e falar com a outra pessoa, ouvir a voz dela. a gente gosta - e sente falta - disso. mas para os mais novos isso tem um outro grau de importância.

ele contou que um sobrinho, dessa geração que nasceu conectada, começou a namorar e fica horas trocando mensagens de texto com a namoradinha. mas quando se encontram, eles quase não se falam e ficam tímidos, como se fossem pessoas diferentes.

isso não é bom nem ruim, é apenas um reflexo de uma nova geração, mais voltada para as mensagens instantâneas, onde um texto é suficiente e agrada.

escrever é mais fácil (lembra disso?) pois você tem tempo pra pensar e pode voltar atrás e apagar. já falar é algo que exige mais, pois não só a voz diz coisas, mas o corpo também, os gestos, a entonação, o olhar. além de que não é fácil falar algumas coisas, expressar sentimentos e colocar pra fora em palavras aquilo que se sente. mas vale o exercício.