no ano do centenário do rei do baião, luiz gonzaga, o diretor breno silveira, que fez um ótimo trabalho em '2 filhos de francisco', retorna com uma obra-prima sobre o grande músico brasileiro, sua história de vida e sua relação com o filho, gonzaguinha.

passando pelo exército, morando de favor e tocando em bares para conseguir algum dinheiro, a trajetória sofrida vai aos poucos começando a dar frutos e o sucesso vem quando ele resolve buscar inspiração em suas próprias origens e cantar/tocar sua cultura, seu sertão e as histórias com as quais todos se identificavam.
do seu relacionamento com odaleia nasce luiz gonzaga júnior, o gonzaguinha. com a morte da esposa, o menino é deixado pra ser criado pelos amigos xavier e dina enquanto o pai parte pelo brasil em turnê. a falta dele vai ter reflexos no filho, principalmente quando luiz gonzaga se casa de novo, com helena, e esta adota uma filha, rosa.
aliás, pelo filme dá pra se ter uma ideia como esta helena era chata e bem diferente da primeira mulher do sanfoneiro. numa passagem (arquivo da família), luiz gonzaga se refere a sua primeira esposa odaleia como 'rainha' (do baião), ou seja, uma companheira, enquanto em outra se refere à segunda esposa helena como a 'madame' (do baião).
os conflitos entre pai e filho, sempre que se reencontravam, vão dar lugar a muitas recordações e também brigas, em que a reconciliação vai acontecendo à medida que cada um consegue enxergar melhor o lado do outro e os motivos pelos quais fizeram certas coisas na vida.
lições de humildade e amor.
lições de humildade e amor.
os atores que interpretam tanto pai e filho estão excelentes e muito convincentes, tanto na atuação quanto na aparência. além das cenas do filme, há registros reais de luiz gonzaga e gonzaguinha em fotos, vídeos e gravações originais (inclusive da entrevista que o filho fez com o pai). muita coisa pode ser encontrada no acervo do museu gonzagão, no parque asa branca, em pernambuco.
sobre a trilha sonora nem preciso comentar. espetacular.
trailer aqui.