domingo, 11 de setembro de 2011

igual eu

li outro dia no muque de peão, blog do luciano, sobre uma mãe americana que escreveu em seu blog a respeito da paixão do filho de seis anos pelo personagem blaine, do seriado glee. ela mesma comenta que, aos seis anos, isso não quer dizer nada, mas que não reprime o filho e o deixa à vontade em relação a isso.

conversando com o marido, eles brincam que há duas possibilidades: ou ele é gay ou então eles terão uma forma de chantagem quando ele apresentar alguma namorada no futuro.

tudo começou um dia no carro, com o seguinte diálogo:
- mamãe, o kurt e o blaine (do glee) são namorados!

- são sim.
- eles não gostam de beijar meninas. eles beijam meninos.
- é verdade.
- igual eu!


a postagem dela chamou a atenção e teve mais de 40 mil comentários e citações em menos de uma semana, inclusive com um artigo dedicado a isso na revista gay americana 'out'. a reação desses pais é um exemplo para todas famílias e essa criança tem todo o apoio que precisar, independente do que acontecer.

já vi pais que colocam o filho no futebol ou compram álbum do campeonato brasileiro pra forçar o filho a ser mais 'homem' e se integrar mais. existem vários tipos de gostos, de esportes e cada um deve seguir aquilo com o que identificar. os pais deveriam se importar mais em sentir essas coisas, dar forças e agir naturalmente como esses pais citados fizeram.

a pior coisa é querer impor comportamentos socialmente mais aceitáveis. se o menino gosta de meninos, ir forçado pro futebol vai acabar fazendo com que ele se apaixone por algum coleguinha. não vale lutar contra a natureza de cada um.

acho legal esse impacto que o glee tem, já que existem na série vários personagens excluídos pela sociedade por serem diferentes, como eu já comentei aqui. ter alguém que serve de modelo para uma pessoa é algo importante, principalmente pra ela sentir que não está sozinha e que existem outros que compartilham os mesmos sentimentos.

antigamente era mais difícil pois não existiam tantos símbolos em quem se espelhar. os tempos estão mudando, muitos assuntos já estão sendo tratados mais abertamente e aceitos. como já disseram em glee, 'seja a mudança que você quer ver no mundo', torne-se modelo daquilo em que você acredita.

quem dera todas famílias reagissem assim.

9 comentários:

  1. A história desta mãe é realmente inspiradora. E nesta semana a Kate Winslet também deu entrevista em que revela a mesma abertura em relação aos filhos. Sinal que podemos ter esperança no futuro.
    Abraço!
    Muque de Peão

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  2. Interessante a atitude da mãe...
    A criança faz certo em assitir Glee. É pra crianças de 6 anos mesmo!! rsrs

    #zoação!

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  3. Ah, muito bacana a atitude desta mãe. Se, ao menos, a maioria pensasse assim... O mundo seria um lugar beeem melhor!

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  4. Não somente é bom e importante que programas de TV e celebridades sejam contra o preconceito e a discriminação às minorias como também é importante que essa barreira seja quebrada em casa. É muito fácil para qualquer um hoje em dia dizer que não tem preconceitos, mas não saber como reagir ao descobrir que se tem um filho homossexual ou uma filha que namora com um negro (exemplos apenas para ilustrar).

    Quando uma pessoa demonstra que sabe aceitar a diferença debaixo do próprio teto, mostra que ela realmente não é hipócrita e que sabe o verdadeiro significado de respeito e do amor.

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  5. Pois é, eu tinha visto isso por lá. Nem escondo a inveja que eu senti desse garoto hahaha. Mas faz parte.

    Enquanto o futuro for ficando melhor para quem vem, eu vou ficar um pouco mais feliz... mas ainda com inveja hahaha

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  6. Aposto que tem a contra maré que deve estar detonando com a atitude desses pais!

    tststststs...

    Pena que existam ainda poucos como esses, mas a gente torce por um mundo melhor, né?!

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  7. Bem legal ... devagar a coisa muda ... mas concordo com o João ai de cima ...
    Abraço !!

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  8. Ótimo texto. Gosto muito quando você é opinativo.

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