2007 é o ano das trilogias. tivemos aranhas, piratas e ogros. e agora chegou a vez da trilogia bourne. o famoso agente secreto interpretado por matt damon (resgate do soldado ryan, talentoso mr. ripley e os homens e os segredos) volta às telas para a terceira parte dessa ação (não posso falar 'parte final' pois nunca se sabe o que se passa na cabeça dos produtores/diretores gananciosos e que se rendem a apelos comerciais para realizarem continuações... mas enfim, isso é tema para outro post).
no primeiro filme, a identidade bourne (2002), somos apresentados ao personagem jason bourne, que perdeu a memória e busca alguma explicação de quem seja. ficamos o tempo todo com ele, tendo apenas a visão do personagem, sabendo só o que ele sabe. isso, claro, garante o clima de suspense e cria um bom roteiro. sua parceira na aventura, a bela marie (franka potente, corra lola corra), está muito bem como a mocinha do filme e protagonizou uma cena que gostei, por causa da simplicidade da coisa: a tentativa de buscar informações de uma pessoa que se hospedou em um hotel, contando quantas pessoas havia na entrada, quantos passos até o balcão e por aí vai. assistam. o filme é bom.
no segundo filme, a supremacia bourne (2004), já vemos o agente mais maduro e vingativo. vivendo tranquilo, se vê obrigado a abandonar tudo já que intrigas o acusam de assassinato dentro do projeto treadstone. julia stiles (10 coisa que odeio em você, sorriso da mona lisa) retorna ao filme como nicky, a garota da companhia que tem acompanhado bourne e conhece um pouco seus passos. nesse filme bourne aprende um pouco sobre perdão quando se coloca no lugar das pessoas que já cruzaram seu caminho ("quando te tiram um ente querido, você quer saber como foi").
uma curiosidade do segundo filme é o modo como foram feitas as perseguições de carro, usando o chamado 'go-mobile', que é uma espécie de veículo que se acopla ao carro original em que está o ator. e ele alcança altas velocidades entre carros de verdade, podendo executar manobras radicais. as pessoas querem ver o ator dirigindo e isso acontece, já que esse módulo permite que um dublê o pilote enquanto o ator vivencia a emoção de dentro do carro, tendo mesmo uma sensação real. em entrevista, matt damon disse que não precisava atuar já que ele próprio sentia a experiência: "é diferente de você sentar em frente a uma tela verde e fingir. ali a adrenalina é real".
surge então o ultimato bourne (2007). desta vez o agente fará tudo para decifrar o passado e encontrar suas origens, como se tornou um assassino e o que o projeto blackbriar tem a ver com o treadstone. o filme é tão bom quanto, ou diria melhor, que os outros dois.
a jovem nicky aparece novamente e desta vez mais expressiva e revelando segredos desconhecidos até pela organização. o que acaba levando-a a ter que lutar para continuar viva (tem até uma cena de 'deja vu').
o filme segue a linha dos anteriores e a ação se passa em diversas cidades do mundo como madrid, moscou, marrocos e terminando onde tudo começou: nova iorque. algumas cenas de perseguição e algumas lutas desta vez estão mais confusas e acontecendo muito rápido, o que dificulta nosso entendimento (mas nem por isso deixam de ser emocionantes). o diretor não usa recursos de câmera lenta nem planos mais abertos, o que ajudariam nesse caso.
bourne mais uma vez vai se deparar com os agentes treinados para matar e que estão à disposição do serviço de segurança. e um de seus questionamentos é o porquê disso tudo, já que o assassino profissional nunca sabe o motivo da morte encomendada. um dos seus diálogos traduz isso:
"olhe para nós. olhe o que nos fizeram renunciar.
[...] você vai se entregar ao programa?"
e pra fechar o filme, e também durante os créditos, novamente temos 'extreme ways' do moby. excelente.
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